Violência Obstétrica: Apontamentos da Produção Científica

Objetivo: o presente estudo tem por objetivo caracterizar, atraves de uma revisao integrativa da literatura, as producoes cientificas sobre a violencia obstetrica contra parturientes. Metodo: Realizamos uma busca eletronica por artigos, publicados ate 2016, nas bases de dados MEDLINE, LILACS e SCIELO. Para a busca utilizamos a expressao: “violencia obstetrica” OR “obstetric violence”. Resultado: Ao todo foram encontradas 33 publicacoes nas bases de dados exploradas com a expressao utilizada. Apos aplicacao dos criterios de selecao, permaneceram um total de 15 artigos a serem escrutinados nesta revisao. Os achados sinalizam para uma concentracao de publicacoes no ano de 2015. Ha uma variedade metodologica nos estudos, com predominância de abordagens qualitativas no trato com a tematica. As publicacoes estao vinculadas a periodicos latino-americanos. Tal dado parece sugere uma maior prevalencia deste fenomeno no contexto dos paises em desenvolvimento, o que pode estar relacionado ao processo recente de reforma sanitaria, de humanizacao nos contextos de assistencia a saude e decorrente dos altos indices e contextos de vulnerabilidade social e economica presente nestes paises. Conclusao: Os estudos revisados demonstram que a violencia obstetrica e um tema complexo, que envolve aspectos como relacao medico-paciente, formacao em saude, educacao permanente, necessidade constante de discussao do tema humanizacao no cotidiano das acoes e dos servicos de saude. Sugerem-se pesquisas que explorem o tema utilizando metodologias que contemplem a complexidade da tematica, com o uso de metodos mistos e combinados. Descritores: Parto; Saude da mulher; Revisao.

[1]  Gabriela Lemos de Pinho Zanardo,et al.  VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA , 2017 .

[2]  María Pozzio La gineco-obstetricia en México: entre el "parto humanizado" y la violencia obstetrica , 2016 .

[3]  J. Silva,et al.  Fatores associados à violência obstétrica na assistência ao parto vaginal em uma maternidade de alta complexidade em Recife, Pernambuco , 2016 .

[4]  R. Carneiro “Para chegar ao Bojador, é preciso ir além da dor”: sofrimento no parto e suas potencialidades , 2015 .

[5]  Fabrícia Ramos Rezende,et al.  Puérperas adolescentes: percepções relacionadas ao pré-natal e ao parto Adolescent mothers: perceptions related to prenatal care and childbirth , 2015 .

[6]  S. Koller,et al.  Construção de uma escala para avaliar a qualidade metodológica de revisões sistemáticas , 2015 .

[7]  V. Resende,et al.  “Daí você nasceu minha filha”: análise discursiva crítica de uma carta ao obstetra , 2015 .

[8]  J. Toro,et al.  Violencia obstétrica desde la perspectiva de la paciente , 2015 .

[9]  C. Pickles Eliminating abusive 'care': A criminal law response to obstetric violence in South Africa , 2015, South African Crime Quarterly.

[10]  A. K. Shimo,et al.  Obstetric violence according to obstetric nurses , 2014 .

[11]  Marcos Augusto Bastos Dias,et al.  El cuidado prenatal en Brasil , 2014 .

[12]  Marcos Augusto Bastos Dias,et al.  Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual , 2014 .

[13]  A. K. Shimo,et al.  From institutionalized birth to home birth , 2014 .

[14]  N. P. C. Kerber,et al.  Direitos das parturientes: conhecimento da adolescente e acompanhante Rights of parturients: adolescents' knowledge and that of their companion , 2014 .

[15]  M. Teixeira,et al.  Qualidade metodológica das revisões sistemáticas em periódicos de psicologia brasileiros , 2014 .

[16]  V. Jardim,et al.  O discurso e a prática do parto humanizado de adolescentes , 2013 .

[17]  Mireya González Blanco,et al.  Violencia obstétrica: percepción de las usuarias , 2013 .

[18]  B. Camargo,et al.  Vivência do parto normal ou cesáreo: revisão integrativa sobre a percepção de mulheres , 2012 .

[19]  Josmery Faneite,et al.  Grado de conocimiento de violencia obstétrica por el personal de salud , 2012 .

[20]  Raquel da Silva Pereira,et al.  Representações sociais e decisões das gestantes sobre a parturição: protagonismo das mulheres , 2011 .

[21]  A. Spinks,et al.  Making the Case for Evidence-Based Practice. , 2010 .

[22]  Marbella Camacaro Cuevas Patologizando lo natural, naturalizando lo patológico improntas de la praxis obstétrica , 2009 .

[23]  Asia Villegas Poljak LA VIOLENCIA OBSTÉTRICA Y LA ESTERILIZACIÓN FORZADA FRENTE AL DISCURSO MÉDICO , 2009 .

[24]  V. R. Waldow,et al.  Violência consentida: mulheres em trabalho de parto e parto , 2008 .

[25]  R. Lima,et al.  Políticas de saúde materna no Brasil: os nexos com indicadores de saúde materno-infantil , 2008 .