Uso e ocupação das terras da metade sul do Rio Grande do Sul, Brasil.

A agricultura brasileira tem passado por um intenso processo de modernizacao nas ultimas decadas, resultante da melhoria das tecnologias envolvidas nos sistemas de producao e das diversas politicas publica, como linhas de credito, precos minimos de garantia, pesquisa e extensao rural. Dentre as tecnologias, destacam-se os sistemas de informacoes geograficas, os quais constitui-se em uma referencia importante para o planejamento territorial. Os objetivos deste estudo foram quantificar e avaliar o uso e a ocupacao das terras de 35 municipios do sul do Rio Grande do Sul por meio de sistemas de informacoes geograficas. Instrumentais envolvendo geoprocessamento e o sensoriamento remoto foram utilizados para classificar digitalmente imagens do satelite Landsat. Elaborou-se um banco de dados geograficos com informacoes referentes as classes de uso e a ocupacao das terras (pastagem natural e cultivada, floresta natural, reflorestamento, banhado e alagadico, dunas e areia; lâmina d?agua; agricultura/solo exposto e area urbana). Os dados foram analisados por municipio e integrados na forma de instrumentos publicos de gestao territorial (Conselho Regional de Desenvolvimento da Regiao Sul, Associacao dos Municipios da Zona Sul e Bacia Hidrografica da Lagoa Mirim). Pastagem natural/cultivada foi a classe mais expressiva, correspondendo a 50% dos valores medios dos municipios, seguida da classe de agricultura/solo exposto com 33%, reflorestamento com 5 % e florestas naturais com 4%. A analise espacial dos dados de uso e ocupacao das terras possibilita a compreensao da dinâmica ocupacional e permite subsidiar a ordenacao do espaco geografico promovendo o desenvolvimento sustentavel da regiao.