Young (in)scene: art, culture and territory
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Este trabalho discute o lugar das invencoes esteticas nos modos de subjetivacao de jovens em contextos de vulnerabilizacao e violencias. Pretende, ainda, refletir como as acoes empreendidas por estes jovens podem transversalizar a discussao entre terapia ocupacional e cultura. Para tanto, trabalhamos com alguns fragmentos de historias de vida de tres jovens engajados em distintos coletivos culturais – sarau de literatura marginal, movimento hip hop e producao audiovisual – nos distritos da Brasilândia e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade de Sao Paulo, os quais pudemos acompanhar por meio de incursoes etnograficas nas acoes culturais que protagonizam ou das quais participam e de entrevistas em historia oral. As producoes de subjetividades juvenis tem se configurado como um territorio-vivo marcado por experiencias nao so de pobreza e violencias, mas, sobretudo, de producoes coletivas, criativas, formas ineditas de vida tecidas por meio de invencoes esteticas na periferia, em que o estigma de ser jovem, negro e pobre da lugar ao emblema, ao orgulho de ser da periferia. Este lugar-territorio emblematico aparece em destaque nos coletivos culturais, particularmente no Sarau Poesia na Brasa e no Cinescadao, duas estrategias de arte/cultura que invocam uma forma de resistencia, transformando as experiencias das violencias e vulnerabilizacoes vividas na periferia em praticas eticas, esteticas e politicas.