Representações e memória profissional da Aids de enfermeiras no Brasil: estudo bicêntrico Rio de Janeiro/Florianópolis

A epidemia da Aids apresenta import ância inquestionável para a saúde pública, haja vista seus impactos epidemiológicos e nas relações sociais. As representações sociais acerca do HIV/Aids e de seus atingidos influenciam a atitude das pessoas e são freqüentemente marcadas pela discriminação. Assim também é a construção de respostas do Estado diante da doença, uma vez que uma de suas funções é servir de elemento orientador e justificador da ação dos sujeitos e dos grupos sociais. Nesta nota prévia, descreve-se um projeto de pesquisa desenvolvido por meio de um intercâmbio internacional estabelecido entre Brasil (Faculdade de Enfermagem/UERJ e Departamento de Enfermagem/UFSC) e França (Insern – Institut National de la Santé et de la Recherche Médicale). O projeto visa estudar as representações da Aids elaboradas por enfermeiras que trabalham tanto em hospitais quanto na saúde pública no Brasil, em dois contextos epidemiológicos diferentes – Rio de Janeiro e Santa Catarina –, assim como em dois momentos históricos do desenvolvimento da epidemia do HIV/Aids no Brasil – a partir de 1982 e após 1998. A pesquisa visa, ainda, reconstruir a memória profissional das enfermeiras brasileiras em relação à Aids e formular novas proposições de formação profissional (OLIVEIRA; ERDMAN; GIAMI; VARGENS; OLIVEIRA; GOMES; MARQUES; PROGIANTI; PENNA; MEIRELLES; MARTINI; COSTA; FORMOZO; HERINGER, 2006a).