VAZÃO DE GOTEJADORES APLICANDO ESGOTO SANITÁRIO TRATADO E PREVENÇÃO DO ENTUPIMENTO COM CATALISADOR ENZIMÁTICO

O reúso da água é uma importante ação da gestão integrada dos recursos hídricos que possibilita a convivência com a escassez hídrica no semiárido brasileiro. O sistema de irrigação por gotejamento é o mais adequado para aplicação de esgoto sanitário tratado, entretanto o entupimento de emissores consiste no principal obstáculo à adoção desta tecnologia. Neste sentido, este trabalho objetivou estudar a vazão de gotejadores operando com esgoto sanitário tratado, bem como a prevenção da obstrução por meio do uso de catalisador enzimático. Para isto, foram montadas duas bancadas experimentais para avaliação, a cada 80 h, da vazão de quatro tipos de gotejadores, aplicando esgoto sanitário tratado durante 400 h. O experimento foi montado em esquema de parcelas subsubdivididas, no delineamento inteiramente casualizado (DIC) com três repetições. Tendo nas parcelas as dosagens de catalisador enzimático (T1 - unidade gotejadora que operou sem aplicação do catalisador; T2 - unidade gotejadora que recebeu 100 ml de catalisador, a cada 80 h; T3 - unidade gotejadora que recebeu 200 ml de catalisador, a cada 80 h; e T4 - unidade gotejadora que recebeu 300 ml de catalisador, a cada 80 h, nas subparcelas os tipos de gotejadores (Netafim Super Typhoon, Netafim Tiran, Netafim Streamline e Naan Dan Jain Tal Drip) e nas subsubparcelas os períodos das avaliações da vazão dos gotejadores (0, 80, 160, 240, 320 e 400 h). O catalisador enzimático não preveniu a obstrução dos gotejadores em função da elevada concentração de cloreto no esgoto sanitário tratado. Os modelos de regressão cúbico, quadrático e linear foram os que melhor se ajustaram aos dados de vazão em função dos tempos de operação mediante tratamento biológico. As análises de regressão linear múltipla revelaram que os atributos SD, SS e pH foram os que mais interferiram no processo de entupimento dos gotejadores aplicando esgoto sanitário tratado.