Coping em profissionais que atuam com vítimas de violência sexual

Profissionais que atuam com vitimas de violencia sexual muitas vezes lidam com diferentes sentimentos, tais como: angustia, impotencia, receio, paralisacao, revolta, desconfianca, raiva, indignacao, tristeza, sensacao de nao resolutividade, reavaliacao de preconceitos, dentre outros. Ocorrencias de violencia sao complexas e sensibilizam os profissionais que lidam cotidianamente com esse fenomeno. As condicoes estressantes vivenciadas diariamente na atuacao profissional possibilitam a utilizacao de diferentes estrategias que visem a minimizar a reducao do impacto do estresse. O coping pode ser definido como constantes esforcos cognitivos e comportamentais no manejo de demandas especificas, externas e/ou internas, ao exigir ou exceder os recursos pessoais. Os objetivos do estudo foram: identificar situacoes estressantes no cotidiano profissional e investigar estrategias de coping utilizadas por esses profissionais. Participaram do estudo oito profissionais que atuavam em dois conselhos tutelares e tres profissionais que atuavam no Programa Sentinela. Utilizou-se um roteiro de entrevista com perguntas semiestruturadas. O estudo indicou situacoes estressantes (omissao de parentes das vitimas, nao resolucao da situacao de imediato, alta demanda de trabalho, casos em que pais/padrastos sao acusados, envolvimento emocional, entre outros). As estrategias de coping utilizadas foram: buscar meios e alternativas na resolucao da situacao, encarar a situacao com calma, encarar como um desafio, conversar com colegas conselheiros para obter auxilio, realizar leituras, sair com a familia, viajar, escutar musica, dancar, praticar esportes, rezar, acessar a internet, tomar agua ou cafe para aliviar o estresse, dentre outros. E importante que os profissionais recebam uma rede de apoio social e politicas publicas mais efetivas para sua atuacao.