Gênero, educação e moda: perambulações curriculares em um museu
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Este artigo é um recorte da investigação de Pós-Doutorado em Educação realizada na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) entre os anos de 2020 e 2021, que teve como foco problematizar as relações de gênero ditas, não ditas e interditas no acervo de diferentes museus da cidade de Belo Horizonte, MG. À luz dos estudos pós-críticos de gênero e currículo, foram realizados encontros, observações e interlocuções imaginativas com discentes e docentes de escolas públicas, bem como com as equipes do setor educativo de cada espaço, durante as visitas aos museus. Nessa fricção, foi concebida a ideia de currículo-museu, isto é, um artefato cultural que ensina e produz leituras sobre o mundo, podendo acontecer em territórios outros, como o museu. Para a construção do texto, foi escolhido o Museu da Moda e selecionados três (des)objetos museais, compreendidos como um exercício discursivo de estranhamento de gênero no museu – uma antiga máquina de costura, uma bolsa de veludo e um chapéu de palha – como elementos problematizadores na pesquisa teórica e empírica. Os resultados evidenciam que um currículo-museu oportuniza potentes composições com (des)objetos em museus, gerando deslocamentos na prática do aprender sobre gênero. Por fim, o estudo sinaliza a relevância de uma prática curricular ampliada pautada no debate das relações de gênero e da diversidade no museu.
[1] M. Paraíso,et al. Um Currículo-Museu com Gênero: experimentações para produzir (des)objetos , 2021, Currículo sem Fronteiras.
[2] Richard Miskolci,et al. “Ideologia de gênero”: notas para a genealogia de um pânico moral contemporâneo , 2017 .
[3] Irene Vaquinhas. Museus do feminino, museologia de género e o contributo da história , 2014 .
[4] S. Michaels,et al. A pedagogy of Multiliteracies Designing Social Futures , 1996 .