APLICAÇÃO DE FERTILIZANTE DE LIBERAÇÃO LENTA NO ESTABELECIMENTO DE MUDAS DE IPÊ-ROXO E ANGICO-BRANCO EM ÁREA DE DOMÍNIO CILIAR

O uso de fertilizantes de liberacao controlada constitui-se em umas das modernas tecnicas na producao de mudas. Porem, existem poucos relatos de seus efeitos sobre crescimento em especies florestais nativas em area de dominio ciliar. Objetivou-se testar diferentes fertilizantes de liberacao controlada com um fertilizante convencional no estabelecimento de mudas a campo de Anadenanthera colubrina e Tabebuia avellanedae. As mudas foram adquiridas no viveiro municipal de Palotina-Pr, e plantadas em uma area de dominio ciliar, mediante adubacao na cova, com Basacote 3M, Basacote 6M, Basacote 9M, adubo mineral na formulacao 16-8-12 (N, P2O5, K2O), com dose de 55 gramas por cova e testemunha. O experimento foi conduzido delineamento blocos casualizados, com parcelas subdivididas, sendo os fatores constituidos por tres tratamentos de Basacote, um de adubo mineral e testemunha. Foram avaliadas as seguintes caracteristicas: diâmetro do coleto, comprimento, numero de folhas, area foliar, biomassa seca da raiz, biomassa seca aerea, comprimento de raiz, e indice de Dickson. Ao longo de 90 dias do cultivo, a fertilizacao Basacote 3M testada influenciou no incremento do diâmetro do coleto de Anadenanthera colubrina. Com os incrementos de comprimento houve diferenca estatistica entre especies, com maior media (58,96 cm) para mudas de Tabebuia avellanedae e menor media (48,70 cm) para Anadenanthera colubrina. Para numero de folhas, mudas de Anadenanthera colubrina apresentaram melhor medias (150,30). Apos 180 dias do plantio, mudas que receberam o tratamento Basacote 9M obtiveram maior media (113,37). Enquanto que aos 270 dias apos o plantio, a especie Tabebuia avellanedae, obteve maiores respostas ao Basacote 3M em incrementos de comprimento. Aos 360 dias apos o plantio, a diferencas foram entre as especies com maiores incrementos de coleto (7,48mm) para mudas de Tabebuia avellanedae. A biomassa seca da raiz, nao respondeu aos tratamentos, apresentando diferenca entre as especies com maior media para Tabebuia avellanedae. Biomassa seca da parte aerea, ambas as especies nao responderam aos tratamentos. O comprimento de raiz respondeu negativamente aos tratamentos, havendo diferencas apenas entre as especies com maior media para mudas de Anadenanthera colubrina. Para variavel area foliar, somente apos os 360 dias do plantio, mudas de Tabebuia avellanedae, apresentaram maior media, sem interferencia dos tratamentos. O indice de Dickson de ambas as especies resultaram em ausencia de efeitos significativos Esse resultado indica nao existir alteracao na alocacao proporcional do crescimento entre os sistemas aereos e radiculares das especies estudadas em funcao dos tipos e dos tempos de liberacao dos fertilizantes testados. Portanto a mortalidade de mudas apos o plantio com fertilizantes de liberacao lenta nao induziu maior sobrevivencia, os maiores incrementos para comprimento da muda, numero de folhas e diâmetro do coleto foram aos 180 dias apos o plantio, para o fertilizante (Basacote 3M) avaliado aos 90 dias apos o plantio de mudas de Anadenanthera colubrina expressaram maior diâmetro de coleto e maior numero de folhas. E as mudas de Anadenanthera colubrina foram mais responsivas aos fertilizantes de liberacao lenta