QUAL A POSIÇÃO DAS MULHERES NA REDE DE BOARD INTERLOCKING DO BRASIL? UMA ANÁLISE PARA O PERÍODO DE 1997 A 2015

RESUMO Até bem recentemente, os conselhos de administração das empresas apresentavam forte predominância masculina, imperando resultados controversos quanto à inserção das mulheres nesses órgãos. Em face disso, esta pesquisa teve como objetivo investigar a evolução da participação feminina nos conselhos de administração das empresas brasileiras listadas na B3 e a posição dessas conselheiras na rede corporativa de board interlocking, entre 1997 e 2015. Para entender esse fenômeno, foi adotada a metodologia Análise de Redes Sociais (ARS) e diversos indicadores foram calculados. Os resultados indicam que as mulheres aumentaram sua participação na alta administração do ambiente corporativo brasileiro e começam a integrar os conselhos de administração, cenário ainda distante da realidade observada em países desenvolvidos. No entanto, quando foram analisados os membros conectados na rede corporativa, concluímos que as mulheres alcançam alta proximidade, uma vez que têm alto grau de centralidade na rede, mas também carecem de potencial de intermediação. Tais resultados sinalizam a necessidade de aumentar a diversidade de gênero no alto escalão das empresas, o que poderia elevar a qualidade do debate nos conselhos de administração e melhorar os níveis de governança corporativa.

[1]  L. Simionescu,et al.  Does board gender diversity affect firm performance? Empirical evidence from Standard & Poor’s 500 Information Technology Sector , 2021, Financial Innovation.

[2]  Tianming Zhang,et al.  Board gender diversity and corporate labor investment efficiency , 2021, Review of Financial Economics.

[3]  Kevin A. Young,et al.  How white is the global elite? An analysis of race, gender and network structure , 2020, Global Networks.

[4]  V. Crisóstomo,et al.  Effect of Diversity in the Board of Directors and Top Management Team on Corporate Social Responsibility , 2020, Brazilian Business Review.

[5]  Wesley Mendes-da-Silva,et al.  The effect of interlocking directorates on mergers and acquisitions in Brazil , 2020, Journal of Management and Governance.

[6]  A. Silveira,et al.  A importância da diversidade de gênero nos conselhos de administração para a promoção da responsabilidade social corporativa , 2020 .

[7]  Gloria Cuevas-Rodríguez,et al.  Boards that Make a Difference in Firm’s Acquisitions: The Role of Interlocks and Former Politicians in Spain , 2020, Sustainability.

[8]  Aziz Xavier Beiruth,et al.  MULHERES NO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E O RISCO DA FIRMA , 2019 .

[9]  Wei Shen,et al.  Limited progress? The effect of external pressure for board gender diversity on the increase of female directors , 2019, Strategic Management Journal.

[10]  Richard A. Benton,et al.  Eyes on the Horizon? Fragmented Elites and the Short-Term Focus of the American Corporation1 , 2019, American Journal of Sociology.

[11]  Jader Fernandes Cirino Discriminação por gênero no mercado de trabalho : uma comparação do diferencial de rendimento entre homens e mulheres para os anos de 2002 e 2014 , 2018 .

[12]  E. Flores,et al.  Diversidade De Gênero Nos Conselhos Administrativos E Sua Relação Com Desempenho E Risco Financeiro Nas Empresas Familiares (Gender Diversity on Administrative Boards and Their Relationship With Performance and Financial Risk in Family Businesses) , 2018, Revista de Administração Contemporânea.

[13]  M. J. Tonelli O desafio da diversidade , 2018, GV-executivo.

[14]  Ronald W. Masulis,et al.  How Valuable are Independent Directors? Evidence from External Distractions , 2018, Journal of Financial Economics.

[15]  Ailyn A. Shi Women in boards of Philippine publicly traded firms: Does gender diversity affect corporate risk-taking behavior? , 2018 .

[16]  L. Gómez-Mejia,et al.  Board Interlocks and Firm Performance: Toward a Combined Agency–Resource Dependence Perspective , 2018 .

[17]  David M. Waguespack,et al.  Temporal Issues in Replication: The Stability of Centrality-Based Advantage , 2017 .

[18]  Garry Robins,et al.  The Focused Organization of Advice Relations: A Study in Boundary Crossing , 2014, Organ. Sci..

[19]  E. Heemskerk,et al.  Women on Board: Female Board Membership as a Form of Elite Democratization , 2014, Enterprise & Society.

[20]  Øyvind Bøhren,et al.  Does Mandatory Gender Balance Work? Changing Organizational Form to Avoid Board Upheaval , 2013 .

[21]  Daniel A. McFarland,et al.  Ties That Last , 2013 .

[22]  Eric C. So,et al.  Boardroom Centrality and Firm Performance , 2013 .

[23]  Joel Podolny,et al.  Status: Insights from Organizational Sociology , 2012 .

[24]  Morten Huse,et al.  Women Directors on Corporate Boards: From Tokenism to Critical Mass , 2011 .

[25]  Beate Elstad,et al.  Women on corporate boards: key influencers or tokens? , 2010 .

[26]  Jasjit Singh,et al.  The World is Not Small for Everyone: Inequity in Searching for Knowledge in Organizations , 2010, Manag. Sci..

[27]  D. Watts,et al.  Origins of Homophily in an Evolving Social Network1 , 2009, American Journal of Sociology.

[28]  Luciano Rossoni,et al.  A Influência Das Redes De Relações Corporativas No Desempenho Das Empresas Do Novo Mercado Da BOVESPA (The Influence of Corporate Relationships Networks on the Performance of Firms in the Novo Mercado of BOVESPA) , 2008 .

[29]  N. Christakis,et al.  The Spread of Obesity in a Large Social Network Over 32 Years , 2007, The New England journal of medicine.

[30]  James D. Westphal,et al.  Keeping Directors in Line: Social Distancing as a Control Mechanism in the Corporate Elite , 2003 .

[31]  Murali Jagannathan,et al.  Too Busy to Mind the Business? Monitoring by Directors with Multiple Board Appointments , 2002 .

[32]  R. Burt THE GENDER OF SOCIAL CAPITAL , 1998 .

[33]  Martin G. Everett,et al.  Network analysis of 2-mode data , 1997 .

[34]  Joel Podolny A Status-Based Model of Market Competition , 1993, American Journal of Sociology.

[35]  L. Freeman,et al.  Centrality in valued graphs: A measure of betweenness based on network flow , 1991 .

[36]  D. Krackhardt Assessing the political landscape: Structure, cognition, and power in organizations. , 1990 .

[37]  Leonard M. Freeman,et al.  A set of measures of centrality based upon betweenness , 1977 .

[38]  Mark S. Granovetter The Strength of Weak Ties , 1973, American Journal of Sociology.

[39]  M. E. Shaw Group Structure and the Behavior of Individuals in Small Groups , 1954 .

[40]  Alex Bavelas,et al.  Communication Patterns in Task‐Oriented Groups , 1950 .

[41]  A. Silva,et al.  Mulheres em Cargos de Alta Administração Afetam o Valor e Desempenho das Empresas Brasileiras , 2015 .

[42]  M. Uddin Interfirm Cooperation And Information Sharing Through Interlocking Directorates , 2012 .

[43]  Stephen P. Borgatti,et al.  Social Network Analysis, Two-Mode Concepts in , 2009, Encyclopedia of Complexity and Systems Science.

[44]  L. Freeman Centrality in social networks conceptual clarification , 1978 .

[45]  P. Bonacich Factoring and weighting approaches to status scores and clique identification , 1972 .