PREVALÊNCIA DAS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS E SUAS POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS CLÍNICAS EM INDIVÍDUOS HIPERTENSOS ATENDIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA

Objetivo: Descrever a prevalencia de interacoes medicamentosas potenciais (IMP) em hipertensos e as suas possiveis consequencias clinicas. Metodos: Estudo transversal, descritivo-analitico, realizado com uma amostra de hipertensos no municipio de Jequie-BA. Os dados foram coletados entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015, por meio de amostra aleatoria simples, a partir de um questionario constituido de dados sociodemograficos, clinicos e dos medicamentos em uso. Resultados: Dos 235 usuarios entrevistados, 74,90% eram do sexo feminino e 57,45% apresentavam pressao arterial ?121/81mmHg. Foram prescritos 868 medicamentos com media de 3,69±2,01 por paciente. Do total, 61,61% pacientes apresentaram pelo menos uma IMP. Encontrou-se 358 IMP com media de 2,75±2,12 por paciente, sendo que, 12,47% eram graves e 87,43% moderadas. As IMP mais prevalentes foram entre hidroclorotiazida e glibenclamida (11,45%) e hidroclorotiazida e metformina (10,89%), ambas consideradas de gravidade moderada com risco aumentado da hiperglicemia. Constatou-se associacao estatistica entre a polifarmacia e numero de IMP (p<0,001), aumentando a chance de IMP em mais de duas vezes (OR=2,39). Ja a presenca de mais de uma doenca cronica nao-transmissivel aumentou a chance de IMP em quase quatro vezes (OR=4,36). Conclusao: Esta avaliacao demonstrou alta frequencia de IMP com gravidade moderada em pacientes hipertensos associada a polifarmacia, sendo necessaria intervencoes em saude capazes identificar tais problemas e garantir a seguranca do paciente.

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