Entre participação e controle: os(as) agentes comunitários de saúde da região metropolitana de São Paulo

Este artigo se propoe discutir a funcao social dos agentes comunitarios de saude (ACS) na producao de um servico publico de saude urbano, na perspectiva da acao situada. O servico co-produzido com os usuarios e analisado como resultado da relacao triangular entre o Estado, os agentes e a populacao dos usuarios, da qual esses ultimos fazem parte (morar a mesma ‘micro-area’ e um dos criterios de selecao). Por um lado, essa categoria de trabalhadores sociais ‘subalternos’ encarregada do desenvolvimento do Programa Saude da Familia (PSF) e herdeira dos movimentos populares dos anos 1980 (movimento nacional para a saude), por outro, a sua atividade quotidiana esta sendo pautada pelas politicas neoliberais e de reforma interna do Estado dos anos 1990, e a emergencia de outros atores e instâncias de regulacao locais, que ocuparam o espaco deixado pelo Estado. Nesse contexto ambiguo, o artigo propoe uma primeira sistematizacao dessas injuncoes contraditorias e discute o papel de "mediador" dos agentes.