RESUMO: A pesquisa de doutorado em andamento “Criancas migrantes haitianas em Sinop/MT: insercao nas instituicoes escolares” tem como objetivo compreender como ocorre a insercao e socializacao das criancas migrantes e haitianas nas instituicoes escolares publicas de Sinop. Objetiva tambem analisar como as instituicoes escolares recebem e percebem essas criancas; verificar as experiencias vivenciadas por elas em relacao as outras criancas/colegas, professores e gestores e como os pais das criancas haitianas veem e percebem a escola. A metodologia e qualitativa com desenho etnografico para gerar dados atraves de observacoes livres, entrevistas e depoimentos. O recorte temporal da pesquisa e a migracao de criancas que vieram com seus pais no ano de 2015 a 2016 para Sinop MT. Os dados preliminares apontam que nas escolas, as criancas haitianas tem muitas dificuldades com a lingua portuguesa o que limita sua comunicacao e interfere na relacao com os professores, colegas, aprendizagem dos conteudos e na internalizacao das regras escolares. Os professores, em sua maioria, demonstram preconceito racial de forma velada em seus discursos e em relacao a origem dos alunos. Para eles o Haiti e um pais pobre e miseravel, em consequencias os haitianos podem ser subalternos, sujos e “diferentes” em relacao aos demais negros brasileiros. Os pais das criancas haitianas valorizam a escola e os professores dos seus filhos. Nas relacoes entre alunos o preconceito racial e mais perceptivel na fase da Educacao Infantil, na faixa etaria de 5 a 6 anos. Na fase dos 12 anos e mais perceptivel nas meninas do que nos meninos brasileiros.
[1]
Kátia Morosov Alonso,et al.
“PRÁ QUE ENGOLIR REJEITADOS DO HAITI?” O LUGAR DE ONDE FALO!
,
2015
.
[2]
J. Pinto.
Os deslocamentos forçados dos haitianos e suas implicações: um desafio global na sociedade de risco
,
2015
.
[3]
M. D. Nunes.
Sociologia da infância, raça e etnografia: Intersecções possíveis para o estudo das infâncias brasileiras
,
2015
.
[4]
V. Silvério,et al.
Há algo novo a se dizer sobre as relações raciais no Brasil contemporâneo
,
2012
.
[5]
William A. Corsaro.
Entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças pequenas
,
2005
.
[6]
M. Carvalho.
Quem é negro, quem é branco: desempenho escolar e classificação racial de alunos
,
2005
.
[7]
Zeila Demartini.
Imigração e educação: discutindo algumas pistas de pesquisa'
,
2004
.