Análise de desempenho de uma rede de distribuição de energia elétrica em baixa tensão alternada e contínua

A distribuicao de energia eletrica teve inicio com um sistema de tensao continua, construido por Thomas Edison. Pouco tempo depois, Nikola Tesla e George Westinghouse construiram um sistema de tensao alternada, que veio a se tornar, praticamente, o padrao no mundo. Poucos sistemas eletricos funcionam em tensao continua atualmente, apesar de os equipamentos eletronicos de consumo utilizarem este tipo de alimentacao para os seus circuitos internos e possuirem fontes de alimentacao (interface com o sistema de tensao alternada) que, na maioria dos casos, poderiam utilizar diretamente tensoes continuas. Com o desenvolvimento da eletronica de potencia, a adequacao dos niveis de tensao para transmissao e utilizacao da energia eletrica deixou de ser um entrave para os sistemas de tensao continua. Algumas fontes de energia renovavel sao inerentemente de tensao continua, como as celulas a combustivel e os paineis fotovoltaicos e o uso de tensao continua possibilita o emprego de dispositivos de armazenamento de energia nas redes, o que pode aumentar sua robustez frente a variacoes de tensao de curta duracao. E possivel tambem melhorar a eficiencia de alguns equipamentos eletrodomesticos a motor com o uso de inversores de frequencia. O principal objetivo deste trabalho e a proposicao e o estudo de um sistema de distribuicao de energia eletrica em baixa tensao continua que seja compativel com os niveis de tensao alternada atualmente em uso. Com base nos dados da Pesquisa de Posse de Equipamentos e Habitos de Uso - Classe Residencial - Regiao Sudeste, realizada pelo Procel/Eletrobras em 2005, foi desenvolvido um modelo de uma rede com 50 consumidores com diferentes perfis de posse e habitos de consumo de energia eletrica. O foco das analises, realizadas a partir de simulacoes do sistema proposto no software PowerFactory (DIgSILENT GmbH), esta no desempenho da rede de distribuicao de baixa tensao quanto as quedas de tensao e perdas nos circuitos, em tensao alternada e em tensao continua.