INFLUÊNCIA DAS DIMENSÕES DOS CORPOS DE PROVA E DA VELOCIDADE DE ENSAIO NA RESISTÊNCIA À FLEXÃO ESTÁTICA DE TRÊS ESPÉCIES DE MADEIRAS TROPICAIS

O presente trabalho teve como objetivo verificar a influencia da combinacao de tres velocidades de ensaios e de cinco dimensoes de corpos de prova na determinacao da resistencia a flexao estatica de tres especies de madeiras de florestas naturais tropicais. Pretende-se fornecer subsidios para implementacao de uma metodologia de ensaios que possibilite otimizar seus custos sem perda de precisao, qualidade e variabilidade nos resultados, considerando a inexistencia de uma norma brasileira especifica para caracterizacao fisico-mecânica de especies de madeira. As referencias de dimensoes e velocidades foram selecionadas com base na Comision Panamericana de Normas Tecnicas (COPANT 555/73). As normas COPANT estabelecem procedimentos para determinacao das propriedades fisicas e mecânicas de especies de madeiras com pequenos corpos de prova isentos de defeitos. Tradicionalmente, ensaios para pequenas variacoes de velocidades e dimensoes nos corpos de prova foram pouco abordados, possivelmente pela falta de interesse em alterar metodologias ja consagradas. A metodologia utilizada envolveu ensaios de flexao estatica com teor de umidade a 12%, cinco dimensoes de corpos de prova e tres velocidades de ensaios. Foram caracterizadas as especies: cumaru (Dipterix odorata), jequitiba (Allantoma lineata) e quaruba (Vochyisia guianensis). Os resultados mostraram que a resistencia a flexao e significativamente aumentada com a reducao da dimensao do corpo de prova, mas nao e influenciada pela velocidade de teste para todas as especies estudadas. Concluindo, para se manter a compatibilidade com os resultados de caracterizacao ja publicados utilizando-se essa norma nao e recomendado alterar o tamanho do corpo de prova atual, mas a velocidade de teste podera ser aumentada dentro dos limites estudados.