Desemprego e Desgaste mental: Desafio às Políticas Públicas e aos Sindicatos
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No Brasil, os impactos do desemprego sobre a saude estiveram historicamenteassociados ao dominio da precariedade dos vinculos contratuais edas situacoes concretas de trabalho e, simultaneamente, as condicoes de vidaprecarias de grande parte da populacao trabalhadora. Apos consideracoes sobreo desgaste e adoecimento mental do trabalhador, os impactos mentaisdo desemprego sao examinados. A simultaneidade com que a precarizacaosocial coincide com a do trabalho resulta, reconhecidamente, em desamparomaterial e social. No texto, e apontada a existencia de outra face: a do desgastemental dos trabalhadores diante da vivencia subjetiva do desamparo ou daameaca iminente de que ele sobrevenha, como suscitado na inseguranca dosque trabalham sob a instabilidade que se difundiu nas relacoes trabalhistas. Otexto traz tambem constatacoes e reflexoes sobre o tema a partir de estudosrealizados durante crises economicas do passado e do presente, inclusive noBrasil. Enfase especial e dada em dois aspectos: a) a constatacao de que a fragilizacaoda saude vem sendo adotada como criterio demissional encoberto;b) o papel crucial desempenhado pelo seguro-desemprego para suporte dosdesempregados e de seus dependentes, contrastando com repercussoes desua ausencia - ao exame de duas crises economicas da experiencia brasileira.E pontuado que o retrocesso da politica de protecao social torna-se contundentequando ocorre exatamente nos momentos em que a protecao e maisnecessaria, pois ela e essencial especialmente nas crises economicas que trazemconsigo uma recessao na qual o acesso a um novo emprego e mais dificil.Ao final, e assinalado o desafio colocado pela problematica com vistas anecessidade de impedir retrocessos sociais e a renovacao das politicas publicas.