Compostos bioativos e atividade antioxidante do café (Coffea arabica L.)

Conduziu-se este trabalho, com a proposta de avaliar o potencial antioxidante de dois padroes da bebida do cafe (rio e mole), verdes e torrados, utilizando modelos in vitro. Foram determinados o teor de fenolicos totais, acido clorogenico (acido 5-cafeoilquinico) e cafeina das bebidas. A avaliacao in vitro do potencial antioxidante foi investigada pelos metodos de captacao do radical DPPH e pelo poder redutor de metais. Os dois padroes de bebida do cafe analisados nao apresentaram diferencas quanto aos parâmetros cor, acido clorogenico e cafeina. Observou-se que houve reducao nos valores de acido clorogenico a medida que os graos foram torrados. O cafe verde bebida rio apresentou maior teor de fenolicos totais que o cafe bebida mole. Nos graos torrados nao foi observada diferenca. A bebida do cafe independente da qualidade sensorial apresentou alto poder redutor e importante atividade sequestrante de radicais livres. A atividade sequestrante de radicais livres foi significativamente superior nas amostras obtidas a partir dos graos torrados, quando comparados aos extratos dos graos verdes. A torracao, porem, reduziu o poder redutor das bebidas do cafe. Os dados obtidos permitem sugerir que, independente da classificacao sensorial da bebida, o cafe apresenta expressiva capacidade sequestrante de radicais livres e poder redutor de metais.

[1]  Adriana Farah,et al.  Phenolic compounds in coffee , 2006 .

[2]  K. Mochida,et al.  In vitro antioxidative effects and tyrosinase inhibitory activities of seven hydroxycinnamoyl derivatives in green coffee beans. , 2004, Journal of agricultural and food chemistry.

[3]  L. C. Trugo,et al.  Determinação de compostos bioativos em amostras comerciais de café torrado , 2005 .

[4]  Monica Anese,et al.  Antioxidant Properties of Coffee Brews in Relation to the Roasting Degree , 1997 .

[5]  M. Daglia,et al.  In vitro antioxidant and ex vivo protective activities of green and roasted coffee. , 2000, Journal of agricultural and food chemistry.

[6]  A. N. G. Mendes,et al.  Composição química de grãos crus de cultivares de Coffea arabica L. suscetíveis e resistentes à Hemileia vastatrix Berg et Br. , 2007 .

[7]  Flávio Meira Borém,et al.  Avaliação sensorial do café cereja descascado, armazenado sob atmosfera artificial e convencional , 2008 .

[8]  Sheila Andrade Abrahão,et al.  Compostos não voláteis em cafés da região sul de minas submetidos a diferentes pontos de torração , 2009 .

[9]  M. Nery,et al.  Constituintes químicos e teor de extrato aquoso de cafés arábica (coffea arabica l.) e conilon (coffea canephora pierre) torrados , 2003 .

[10]  Stella Maris da Silveira Duarte,et al.  Effect of processing and roasting on the antioxidant activity of coffee brews , 2005 .

[11]  Monica Anese,et al.  Chemical characterization and antioxidant properties of coffee melanoidins. , 2002, Journal of agricultural and food chemistry.

[12]  V. Fogliano,et al.  Thermal degradation studies of food melanoidins. , 2005, Journal of agricultural and food chemistry.

[13]  M. H. Chaves,et al.  Fenóis totais e atividade antioxidante de cinco plantas medicinais , 2007 .

[14]  Chul Lee,et al.  Antioxidant ability of caffeine and its metabolites based on the study of oxygen radical absorbing capacity and inhibition of LDL peroxidation. , 2000, Clinica chimica acta; international journal of clinical chemistry.

[15]  Stella Maris da Silveira Duarte,et al.  Influência do processamento e da torrefação sobre a atividade antioxidante do café (Coffea arabica) , 2007 .